CLASSICÃO, “A CHANCE DE FAHIM” AGRADA E EMOCIONA.

 Por Celso Sabadin.

“A Chance de Fahim” está longe de ser um filme muito criativo. Pelo contrário, é bastante esquemático e convencional. Mas funciona muito bem. E boa parte dos bons resultados que o filme consegue se deve à química e ao carisma da dupla central de personagens, vivida pelo garoto estreante Assad Ahmed (Fahim) e pelo veterano Gèrard Depardieu.

O roteiro e a direção – competentes – são de Pierre-François Martin-Laval (sim, tudo isso é um nome só), mais conhecido na França como ator. Ele constrói seu filme a partir da história real de Fahim Mohammad, um garoto refugiado de Bangladesh que ao lado do pai foge para a França em busca de uma vida melhor. Na Europa, porém, como sempre acontece, os sonhos dos refugiados viram pesadelos, e a história do menino teria tudo para se transformar em apenas mais uma trágica estatística. Não fosse pelo fato de Fahim ser um prodígio no jogo de xadrez. E de seu professor ser uma montanha de teimosia, persistência e de uma inexplicável amarga doçura.

Sessão da Tarde? Talvez. Mas da melhor qualidade.