“UM PEQUENO GRANDE PLANO” NÃO SUBESTIMA SEU JOVEM PÚBLICO.

Por Celso Sabadin.

Raridade: um filme direcionado para crianças, pré-adolescentes e adolescentes que não os trata com superficialidade. Que não repete os estereótipos desgastados do bonitão burro, da garota esperta descolada e do amigo gordinho engraçado. Que não tem cena de perseguição na qual uma bicicleta derruba um carrinho de frutas. Que nem cachorrinho tem.

Pelo contrário: “Um Pequeno Grande Plano” aborda o urgente tema da falência dos recursos naturais do nosso planeta com criatividade e propriedade, sem panfletarismos. E mais: deixando claro que caberá às novas gerações a complicada resolução deste problema, porque os adultos – se não aprenderam até agora – não aprenderão mais.

Tudo começa quando o casal Abel e Marianne (Louis Garrel e Laetitia Casta, realmente casados na vida real) descobrem que o filho Joseph (Joseph Engel, que não é filho deles na vida real) tem roubado e vendido bens preciosos da casa da família. E que ele não está sozinho nesta empreitada. Para saber o motivo, só vendo o filme.

“Um Pequeno Grande Plano” tem roteiro de Jean-Claude Carrière – genial roteirista falecido ano passado, premiado tanto por seus trabalhos originais como pelas suas adaptações literárias  – em conjunto com Garrell, que além de interpretar também dirige o filme.

Estreia nesta quinta, 17/08.