“8 PRESIDENTES 1 JURAMENTO” DEVERIA SER OBRIGATÓRIO EM ESCOLAS.

Por Celso Sabadin.

Um documentário de terror. Assim pode ser definido o longa “8 Presidentes 1 Juramento”, que estreia nos cinemas nesta quinta, 18 de novembro.  Carla Camuratti, já conhecida como atriz e diretora de ficção (seu “Carlota Joaquina, Princesa do Brazil” tornou-se histórico como o filme que inaugurou a Retomada do Cinema Brasileiro), envereda agora pelos caminhos do documentário. E novamente mostra todo o seu talento.

“8 Presidentes 1 Juramento” é uma grande (2:20 horas) colagem dramática e didática de momentos históricos da política brasileira desde a campanha pelas Diretas Já até (quase) os dias de hoje. Não há depoimentos gravados especificamente para o filme, nem imagens inéditas. Falando assim, pode até dar a impressão que se trata de uma narrativa enfadonha. Muito pelo contrário: ele é eletrizante ao expor – sem retoques – a triste tradição ciclotímica brasileira de alternar instantes da mais intensa euforia eleitoral com momentos de total depressão, quando o governante é pego em processos de corrupção. O que nunca demora muito a acontecer.

Trata-se de um trabalho de pesquisa e montagem impressionante que consegue resumir as últimas décadas do nosso frágil processo democrático em um painel ao mesmo tempo amplo e desolador.

Deveria ser de exibição obrigatória em escolas de todo o país. Com o devido acompanhamento médico para quem tem problemas cardíacos ou tendência a depressão.

A pesquisa de imagens é de Antonio Venancio, com montagem de Joana Ventura.

O filme é importante e obrigatório.