“A BELA JUNIE”, COM ARES DE NOUVELLE VAGUE.

Aceita mais um filme com Louis Garrel? O rapaz, de 25 anos, com ares de “enfant terrible”, realmente tem tomado conta das nossas telas (as alternativas, é claro), com filmes como “A Fronteira da Alvorada”, “Em Paris” e “Amantes Constantes”, por exemplo. Ele é um dos principais atrativos de “A Bela Junie”, filme feito para a televisão francesa, mas que conquista seu espaço no circuito cinematográfico brasileiro.

O tema não traz grandes novidades. A bela Junie do título (Léa Seydoux) é uma adolescente que muda de escola após a morte de sua mãe. Sua beleza e seus olhos tristes logo chamam a atenção dos novos colegas. Principalmente do desajeitado Otto (Grégoire Leprince-Ringuet) e de seu professor de italiano Nemours (ele, Louis Garrel).

Romanticamente melancólico, “A Bela Junie” apresenta forte influência da antiga época da Nouvelle Vague, ao formar um polígono amoroso regado com as mais variadas dores de amores, e temperado com longos planos silenciosos para reflexão. Com direito, claro, a belos momentos românticos sob a chuva. Recomendável apenas para paladares cinematográficos (bastante) acostumados à produção francesa.