A ESTILIZAÇÃO CÔMICA E COLORIDA DE“PERDIDOS EM PARIS”.  

Por Celso Sabadin.

Fieis ao conceito de cinema de autor, a australiana Fiona Gordon e o francês Dominique Abel escrevem, dirigem e atuam em seus filmes. Inclusive utilizam seus próprios nomes em seus personagens. Os longas anteriores da dupla – “Rumba”, “L´Iceberg” e “La Fée” – colecionam um bom punhado de prêmios em festivais internacionais. Agora em “Perdidos em Paris” ambos dão continuidade a uma estética muito própria que mistura a linguagem de quadrinhos com uma estilização cômica que remete tanto ao cinema mudo como a Jacques Tati e Mr. Bean. Tudo com muita cor e toques surreais.

A história mostra uma bibliotecária (Fiona) de uma pequena e gelada cidade canadense que vai às pressas a Paris para socorrer sua velha tia que ali vive sozinha. Chegando, porém, na capital francesa, Fiona – que não domina o idioma – perde sua bagagem, percebe que a tia desapareceu,  e inadvertidamente inicia um complicado relacionamento com o sem-teto Dom (Dominique Abel).

O resultado é irregular, com algumas situações realmente divertidas e outras – provavelmente a maioria – nem tanto. “Perdidos em Paris” marca a última atuação da atriz Emmanuelle Riva, falecida em janeiro último.

O filme estreia nesta quinta, 6 de julho. E dá saudades de Jacques Tati…