“A FLORESTA DE JONATHAS” ENCANTA E HIPTONIZA PELO SEU ESTILO.

Estreia finalmente em São Paulo e Rio o internacionalmente premiado “A Floresta de Jonathas”, primeiro longa do diretor Sérgio Andrade. O filme impressiona pelas belas imagens, pelo estilo marcante e pela trama contundente.
A história se centraliza numa família que tira sua subsistência de uma pequena banca de frutas à beira da estrada. Um dos irmãos, porém, não aceita esta maneira de viver, e tem sonhos mais altos. Entre eles, ser guia turístico, aprender a falar inglês, conhecer outros lugares. É sobre esta dicotomia entre tradição e modernidade, entre aspirações e conformismo, que se apoia o roteiro, também de autoria do diretor.

Mais até que pela trama, “A Floresta de Jonathas” encanta pelo seu estilo, que chega a impressionar principalmente pelo fato do diretor ser estreante em longa. Planos abertos que contemplam o gigantismo da Amazônia, longos e perturbadores silêncios, cores fortes, um tempo próprio, quase hipnótico, que tira o espectador de seu conforto para arremessá-lo num mundo a parte que – de acordo com o próprio protagonista – só é Brasil em época de eleição.

“A Floresta de Jonathas” chega com a aval de uma invejável carreira internacional, já tendo sido exibido nos festivais
Rotterdam, Praga, Boston, Alemanha, Taipei, Arizona e vários outros.