“A INQUILINA” DESPERDIÇA TALENTO DE HILARY SWANK.

Mulher solteira procura apartamento para alugar em Nova York. Com certeza, uma tarefa nada fácil, principalmente para quem está com o orçamento meio limitado. Por isso, a solitária médica Juliet (Hilary Swank) fica mais do que feliz ao conseguir um belo loft no Brooklyn, por um preço bem abaixo do mercado. Ela só se esqueceu que, como se diz em Manhattan, “When the charity is overwhelming, even a saint doubts it “.

Com estilo, fotografia caprichada e direção de arte elegante, “A Inquilina” começa com força suficiente para prender a atenção do espectador. Usa e às vezes abusa de referências hitchcockianas (como a mulher sendo observada no banheiro através de buracos nas paredes, no melhor estilo “Psicose”), tem bom ritmo, e trabalha com um elenco competente e eficiente. Incluindo Hilary Swank (também produtora executiva) e Jeffrey Dean Morgan (de “PS, Eu Te Amo”) num momento meio Javier Barden. Com direito à participação de Christopher Lee, um dos mais populares Dráculas do cinema.

Porém, por mais que a boa direção do finlandês Antti Jokinnen, estreando no longa, se esforce (e ela se esforça), chega um momento em que não é mais possível esconder a extrema fragilidade de um roteiro mais do que convencional. No terço final, o filme desanda por completo, descambando para a correria gratuita e para e os previsíveis finais falsos, tudo insuportavelmente igual aos piores filmes do gênero. Um desperdício.