A INTRIGANTE MISTURA DE GÊNEROS DE “UM HOMEM SÓ”.  

Por Celso Sabadin.

É, no mínimo, curioso: “Um Homem Só” atrai e intriga com um roteiro esperto que mistura, de maneira inusitada, romance, aventura, drama, comédia, mistério, suspense e – por que não – uma pitada de ficção científica. Pretensão? Longe disso. Com roteiro e direção da estreante em longas Claudia Jovin, “Um Homem Só” mistura todos estes gêneros de maneira curiosa e inteligente, ao mesmo tempo em que entrega uma história ágil que discute temas como a morte e o que fazemos da vida.

Não estranhe, mas a trama fala de Arnaldo (Vladimir Brichta, ótimo), um homem descontente com a vida que leva, que certo dia descobre ser possível encomendar numa clínica clandestina um clone de si próprio. Com seu duplo assumindo o lado aborrecido da existência, Arnaldo estaria então totalmente livre para aproveitar o lado gostoso da vida. Algo assim como uma versão adulta de “O Menino no Espelho”, mas com desdobramentos e resoluções que seguem caminhos diferenciados e até surpreendentes.

Além de Brichta, o elenco traz também Mariana Ximenes (excelente) , Otávio Muller, Milhem Cortaz, Cadu Fávero, Ingrid Guimarães e Eliane Giardini.

A estreia é nesta quinta, 29 de setembro.