“A PEQUENA MORTE” ABORDA FANTASIAS SEXUAIS DE FORMA CONSERVADORA.

Por Celso Sabadin.

Todo casal mais cedo ou mais tarde acaba tendo problemas sexuais. Alguns, bem simples; outros, bem complicados. Excitar-se sexualmente ao ver o companheiro chorando, por exemplo, não é exatamente um fetiche dos mais comuns. Nem fazer amor com a companheira dormindo. Estas e outras situações são abordadas no filme “A Pequena Morte”, produção australiana que enfoca as diferentes dificuldades (e as tentativas para solucioná-las) de vários casais. Mas não se assuste: tudo é muito leve, até cômico e, a despeito do tema, pode-se dizer que bastante conservador. Todos os casais são héteros, brancos, classe média ou alta, e nada é mostrado de forma explícita.

É desta maneira velada e bem humorada que o filme claramente busca um público menos ousado, optando pelo estilo “comédia romântico-picante” (pero no mucho) à procura de maiores resultados de bilheteria.

Ótimo para ser visto a dois, “A Pequena Morte” marca a estreia na direção do jovem (24 anos) roteirista e ator Josh Lawson, que em seu próprio filme vive o papel de Paul, o “marido estuprador”.

Diverte e entretem, mas não chega a surpreender.