“A PROFISSIONAL”, UM RAZOÁVEL GENÉRICO DE 007.

Por Celso Sabadin.
 
Se em “Sem Tempo Para Morrer” temos uma 007 mulher e negra, em “A Profissional” temos uma 007 mulher e oriental. São os novos tempos. Bom, não que “A Profissional” seja de fato uma franquia oficial dos famosos filmes de James Bond, mas não ´há como negar que se trata de um competente genérico.
É aquela velha fórmula que mistura belíssimas locações turísticas, perseguições intermináveis, lutas, muita violência, ambientações charmosíssimas, pitadas de humor e – claro – a linha da verossimilhança sendo constantemente desafiada.
 
O roteiro de Richard Wenk (não sei se significa alguma coisa, mas é o mesmo autor de “Os Mercenários 2” e “O Protetor 2”) imagina uma dupla especializada em “encontrar pessoas que não querem ser encontradas”, como diz um dos personagens. Moody (Samuel L. Jackson) e Anna (a havaiana Maggie Q, de “Missão Impossível 3” e “Duro de Matar 4”, será que esse pessoal só faz filme com número?) saem pelo mundo estilhaçando vidros, destruindo automóveis caríssimos e matando pessoas, desde que sejam bem pagos por isso, até o dia em que a aposentadoria compulsória parece chegar para o bom e velho mercenário.
 
Na verdade, a história não importa muito neste tipo de filme. No quesito tiro-porrada-bomba, “A Profissional” é dos mais competentes, com produção caprichada e aquele ritmo feito sob medida para quem deseja apenas desligar o cérebro por algum tempo.
Há, sim, alguma violência gratuita em excesso, o que tem me incomodado um pouco nos últimos anos, destas que transformaram o antigo “Rambo” e suas continuações em matinês infantis, mas tudo isso também é sinal dos tempos.
Ah! A direção é de Michael Campbell, o mesmo de “007 – Cassino Royale” e “007 Contra Goldeneye”. Que surpresa, não?
Ah 2! Impossível não rir com o trailer do filme que diz “Do mesmo estúdio de John Wick”. Parece aquela piada “Dos mesmos diretores que assistiram Star Wars”.