A SENSIBILIDADE FEMININA DE “FALE COM AS ABELHAS” JÁ NAS PLATAFORMAS.

Por Celso Sabadin.

Nas primeiras cenas de “Fale com as Abelhas”, o personagem Charlie, já adulto, começa a narrar em flashback suas lembranças de criança (quando será interpretado pelo carismático Gregor Selkirk). E já avisa que não sabe exatamente a diferença entre o que realmente aconteceu e o que ele acha que aconteceu. A partir daí, o filme se equilibra em um fascinante jogo de lembranças, realidades e licenças poéticas que conduz a narrativa com vigor e sensibilidade.
Coproduzido pelo Reino Unido e pela Suécia, “Fale com as Abelhas” se passa na Escócia de 1952 que ainda se recupera da destruição da Segunda Guerra. No difícil contexto de uma cidadezinha conservadora onde todos se conhecem e tudo se sabe, o garoto Charlie faz o que pode para administrar seus sentimentos: de um lado, usa a música e a dança para tentar alegrar sua mãe (Holliday Grainger), visivelmente entristecida pela ausência do marido. Por outro, usa os punhos para enfrentar os colegas de escola que o perturbam com violência.
O difícil cotidiano de Charlie e sua mãe é – em um só tempo – amenizado a agravado pela presença de Jean (Anna Paquin, a garotinha Flora de “O Pìano”), a nova médica do vilarejo, que desencadeará uma série de sensações e sentimentos contraditórios e libertários.
Tudo dirigido com segurança e emotividade pela inglesa Annabel Jankel a partir do livro de 2009 da escritora britânica Fiona Shaw (não confundir com a atriz homônima da série de filmes Harry Potter).
Estreando nos cinemas nesta quinta, 21/01, “Fale com as Abelhas” tem grande parte de sua equipe de realização (argumento original, roteiro, direção, trilha sonora, e muito maois) formada por talentos femininos.

O filme já está disponível para locação nas plataformas NOW, SKY Play, Vivo Play e Looke. Na Apple TV somente disponível para compra. A partir de 08 de abril será disponibilizado também para locação na Apple TV e no Google Play.