A SIMPLICIDADE AFETIVA DE “BANDIDO, O REI DA MÚSICA”.

Por Celso Sabadin.

Crise existencial: quem nunca? Principalmente em tempos de pandemia… É por uma destas crises que Roberto Benítez (Osvaldo Laport, pouco conhecido em cinema, mas de longa carreira em televisão) está passando em sua vida e em sua carreira.

Cantor popular brega-romântico de sucesso, Roberto – artisticamente conhecido por Bandido – não aguenta mais seu cotidiano de shows, estradas e estúdios. E para o desespero de Antonio (Juanma Lara), seu agente de longa data, anuncia que vai se aposentar logo após o término da gravação de seu último trabalho.

Um contratempo inesperado e um reencontro mais inesperado ainda revelam ao antigo ídolo uma nova etapa em sua trajetória, apontando para os valores mais simples e mais autênticos da vida.

Simplicidade. Esta é a chave não apenas do protagonista como do próprio filme em si. Dentro do princípio “menos é mais”, o diretor Luciano Juncos (também roteirista do longa, em parceria com o estreante Renzo Orestes Felippa) realiza uma obra enxuta, quase minimalista, empática e satisfatoriamente afetiva. Como os personagens que desenvolve.

Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival Latino de Huelva, “Bandido” está disponível a partir de 2 de dezembro na plataforma www.cinemavirtual.com.br