APENAS SIMPÁTICO, “RUN & JUMP” É CHEIO DE VÍCIOS.

por Celso Sabadin.

No interior da Irlanda, esposa e dois filhos tentam retomar o rumo da vida cotidiana após o marido ter ficado um mês em coma. Para pesquisar e documentar a recuperação do paciente, o metódico médico americano Ted Fielding passa a viver na mesma casa da família. O que dificultará – ou mesmo impossibilitará – sua atuação de mero observador.

Mesmo carregado de vícios típicos do cinema americano independente (trilha sonora “fofa”, muitas elipses, subtexto gay, câmera tremulante quase engolindo os protagonistas, etc), “Run & Jump” tem o mérito de tratar um tema difícil com ternura e até bom humor. O excesso de previsibilidade do roteiro e de tempos mortos na direção acabam, porém, diluindo e minimizando o interesse por uma história que começa bem mas não se sustenta.

Premiado como o melhor filme em Galway (Irlanda) e Valladoid (Espanha), “Run & Jump” foi bem recebido pelo público na Mostra Internacional de São Paulo, e é apenas pouco mais que simpático.