ARGENTINO “EXISTIR” BRINCA COM CLICHÊS DA FICÇÃO CIENTÍFICA.

Por Celso Sabadin.

O conhecido recurso do “autor que não consegue terminar sua obra” é utilizado com perspicácia e ironia em “Existir”, longa em destaque no 13º CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico.

Produzido pela Argentina, “Existir” fala de um escritor (vivido por Gabriel Grieco, também roteirista e diretor do filme) que tenta finalizar o roteiro de um longa de ficção científica, mas passa por um bloqueio criativo. Enquanto acompanhamos a batalha do escritor, vemos também a saga de seus personagens – Lola (Vanesa Gonzalez) e Renzo (Victorio D Alessandro) – à procura do amigo Lautaro (Gabriel Grieco, novamente), misteriosamente desaparecido.

Como o filme dentro do filme brinca com os clichês das ficções norte-americanas, “Existir” transita com desenvoltura entre o cômico e o aventuresco, sem se preocupar em definir limites, nem parâmetros. Brinca com a trilha sonora, com as intepretações do elenco, com o universo das ficções científicas. Com direito a um velho carro vermelho chamado Cristina, homenageando John Carpenter. Há uma mistura – espero, proposital – em juntar no mesmo saco da pós-modernidade o que deve ser considerado cômico e o que deve ser considerado sério dentro de “Existir”.

Após participar do Festival Buenos Aires Rojo Sangre, em dezembro passado, “Existir” será exibido hoje, 8/06, às 21h00 no Reserva Cultural (Paulista, 900), no 13º Cinefantasy

A programação completa está em www.cinefantasy.com.br