“AS PRIMEIRAS FÉRIAS NÃO SE ESQUECE JAMAIS!”, ENTRETENIMENTO NA ZONA DE CONFORTO.

Por Celso Sabadin.

Diz a Física (ou seria a Eletrônica?) que os opostos se atraem. A premissa pode funcionar no universo da Eletrônica (ou seria da Física?), mas nem sempre dá certo nos caminhos muito mais complicados do universo dos sentimentos.

A tese é testada na comédia romântica francesa “As Primeiras Férias Não se Esquece Jamais!”, estreia de Patrick Cassir no roteiro e na direção cinematográfica.

Unidos pelo acaso dos aplicativos de encontros, Marion (Camille Chamoux, também roteirista do filme) e Ben (Jonathan Cohen) têm uma primeira noite das mais satisfatórias. Decidem então passar pelo teste mais difícil pelo qual um casal pode se submeter: viajar juntos. Só os dois. E para a Bulgária!

Começa assim a saga romântico-aventureira de um improvável casal: ela, libertária, bem resolvida em sua opção por uma vida alternativa ao ar livre; e ele, travadão, fã de hotéis cinco estrelas e avesso a improvisações.

Nada de novo no vasto mundo dos roteiros cinematográficos que exploram protagonistas diferentes entre si, mas que se dispõem a aparar arestas mútuas na busca de uma vida melhor. Um filme que mesmo dentro de sua previsibilidade (ou talvez por causa dela)  consegue provocar algumas boas risadas dentro da zona de conforto do espectador que busca apenas um simpático entretenimento.

Só fiquei na dúvida se o título correto seria mesmo este “As Primeiras Férias Não se Esquece Jamais!” ou se deveria ser no plural “As Primeiras Férias Não se Esquecem Jamais!”. Talvez não seja só de Eletrônica ou Física que eu não entenda muito…