“BANGLA”, VISÃO LIGHT E ROMÂNTICA DA IMIGRAÇÃO.

Por Celso Sabadin.

Poucos temas são tão abordados no cinema europeu contemporâneo como a questão dos refugiados e/ou imigrantes. A Festa do Cinema Italiano 2021 não poderia ficar por fora deste assunto… mesmo que de uma forma cômico/romântica.

“Bangla”, um dos filmes programados para a Mostra, fala de Phaim (Phaim Bhuiyan), rapaz com feições orientais, hábitos orientais, família oriental, habitando um bairro romano que concentra orientais… mas que já faz parte da primeira geração nascida na Itália.

Ao se considerar 50% italiano e 50% bengali (genitivo de Bangladesh), o próprio Phaim afirma ser uma espécie de “cappuccino”. E vive bem com isso. Até o dia em que se apaixona por Asia (Carlotta Antonelli), uma bela italiana que espera do relacionamento o que todos os ocidentais geralmente esperam: sexo. A grande questão é que – por questões religiosas e culturais – não é permitido ao rapaz o sexo antes do casamento, o que dá margem a uma série de situações romanticamente divertidas.

“Bangla” é escrito, dirigido e interpretado pelo próprio Phaim Bhuiyan, romano de 24 anos que estudou Cinema e Video Design, atuou como assistente de direção, e estreia no longa metragem para cinema exatamente com este filme. Uma estreia, no mínimo, surpreendente, pois “Bangla” gamhou o Davi di Donatello e o Globo de Ouro (versão italiana) de melhor estreante, foi selecionado para os festivais de Rotterdam e Hamburgo, além do filme ter sido escolhido como a melhor comédia do ano, de acordo com o Sindicato do Jornalistas da Itália.

Você vai arrebentar de rir vendo “Bangla”? Não. Mas é um passatempo terno e descompromissado, o que não é pouco nestes tempos de pandemia.

Toda a programação doe evento está em https://br.festadocinemaitaliano.com/