“BOA NOITE, MAMÃE”, SEM DÓ NEM PIEDADE.

Por Celso Sabadin.

Não chega a ser uma grande história. Os cineastas Severin Fiala e Veronika Franz, que a quatro mãos roteirizaram e dirigiram “Boa Noite, Mamãe”, se mostram aqui melhores diretores que roteiristas. Se o roteiro do filme não é exatamente uma novidade, e traz alguns furos (a cena dos agentes da Cruz Vermelha entrando sem permissão na casa, por exemplo), o mesmo já não se pode dizer da direção da dupla, que é segura, cheia de estilo, e sabe como criar um eficientíssimo clima de suspense e horror.

A trama se passa num casarão isolado de tudo (ah, os casarões isolados de tudo, o que seria dos filmes de terror sem eles?), que abriga uma mãe perturbada (Susanne Wuest) e seus dois filhos gêmeos idênticos (Lukas Schwarz e Elias Schwarz). Ou será que não?

Antigos rancores, medos, culpas, ciúmes e ressentimentos mal resolvidos (além de um casarão isolado de tudo, é claro) formam o cenário ideal para desencadear uma história de vinganças e crueldades à beira de um belíssimo lago austríaco. Capaz de deixar os espectadores mais sensíveis à beira de um ataque de nervos.

A estreia é nesta quinta, 10 de março.