BRASIL E ARGENTINA COPRODUZEM O TERROR “O DIABO BRANCO”.

Por Celso Sabadin.

Já há algum tempo fala-se de uma nova onda de terror nos cinemas brasileiros. Não estou falando do terror verídico que tem sido imposto à nossa cultura pelo atual governo federal, mas sim do terror ficcional, vindo da arte e da imaginação de toda uma nova geração de cineastas brasileiros que têm expandido este gênero pelo audiovisual nacional, anteriormente restrito por aqui apenas a José Mojica Marins.

E se o novo horror brasileiro é digno de ser conhecido, que tal uma coprodução nacional com nossos hermanos vizinhos? Para os fãs do gênero, estreia nesta quinta-feira, 5 de agosto, o terror “O Diabo Branco”, coproduzido por Argentina e Brasil.

Sim, o roteiro de Paula Manzone, Santiago Fernandez e do próprio diretor Ignacio Rogers apoia-se na clássica formulação do grupo de jovens em viagem por um lugar isolado onde não pega o sinal do celular. O resto você já sabe. Mas mesmo assim há um bem-vindo ar de latinidade criativa em “O Diabo Branco”, que sabe utilizar os clichês consagrados do estilo, mas sem cair na vala comum (sem trocadilhos) dos exageros explícitos e sanguinolentos que marcam as produções mais radicais do gênero.

O material promocional do filme afirma que, para sua estreia na direção de longas, o ator argentino Ignacio Rogers partiu de uma mistura de filmes das décadas de 1980 e 1990 – como “A Hora do Pesadelo” e “Sexta-feira 13” – alinhados â sensibilidade de alguns filmes mais contemporâneos. Diz Rogers: “O Diabo Branco é uma espécie de casamento entre esses dois estilos opostos que são totalmente diferentes em ritmos, tom de ação, fotografia”.

No elenco, Ezequiel Díaz (“Tenho medo toureiro”), Violeta Urtizberea, Julián Tello (“Paulina”), Martina Juncadella, William Prociuk (“O Anjo”) e Nicola Siri (“A Voz do Silêncio”).

 

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