BRASILEIRO POYART FAZ A LIÇÃO DE CASA EM “PRESSÁGIOS DE UM CRIME”.  

Por Celso Sabadin.

Tem brasileiro em Hollywood. Depois dos elogios que recebeu por “Dois Coelhos”, Afonso Poyart conseguiu um lugar ao sol na tão badalada Meca do Cinema. E ainda levou com ele o editor Lucas Gonzaga. O problema é que eles tiveram de se virar com um roteiro problemático, criado para ser uma continuação de “Seven – Os Sete Pecados Capitais”, rejeitado, alterado, que passou pelas mãos de algumas produtoras e teve problemas de distribuição.

O resultado é “Presságios de um Crime”, cuja trama não é exatamente uma novidade: FBI recorre a um homem com poderes paranormais para investigar um serial killer. Pelo menos aqui temos Anthony Hopkins e Colin Farrell no elenco, o que sempre dá um bem-vindo charme britânico a qualquer filme. O restante, porém, reza pela tradicional cartilha Hollywoodiana dos filmes do gênero, com o assassino deixando pistas para ser descoberto, algumas inevitáveis cenas de ação automobilísticas, o ceticismo de algum agente do próprio FBI, e um final que talvez esteja um pouquinho acima da média do que vem sendo feito.

Depois de idas e vindas, o roteiro acabou sendo assinado pelo estreante em cinema Sean Bailey e por Ted Griffin, um dos roteiristas de “Onze Homens e um Segredo”.

Poyart fez direitinho, digamos, a “lição de casa” para este tipo de roteiro: “Presságios de um Crime” não chega a ser marcante, mas funciona como entretenimento. A estreia no Brasil é 25 de fevereiro.