CANADENSE “INFECTADOS” ERRA AO SE LEVAR A SÉRIO.

Infectados
Por Celso Sabadin

Produção canadense de baixo orçamento, “Infectados” parece querer homenagear as antigas ficções científicas baratas que faziam a alegria da moçada nos drive-in americanos do pós 2ª Guerra. Mas infelizmente sem o charme nostálgico daqueles deliciosos filmes que flertavam com o trash. Pelo contrário: “Infectados” se leva a sério, e este é o seu principal problema.

A ação começa rapidamente. Com menos de cinco minutos de filme já temos uma tempestade de meteoros que assola a base lunar Ark, habitada por quatro astronautas. Na Terra, o comando central (que sequer aparece) não sabe dizer como uma tempestade daquela magnitude não foi identificada previamente. E nem saberá: o “detalhe” será totalmente esquecido durante a trama. O fato é que, a exemplo, das antigas ficções dos anos 50, um dos meteoros que caem sobre a base lunar acabará infectando os humanos com uma gosmenta forma de vida criada através de efeitos especiais de qualidade mais que duvidosa. O resto não é muito difícil de adivinhar.

Trilha sonora óbvia e over, tentativas convencionais de sustos e um elenco pouco carismático não contribuem para tornar “Infectados” uma experiência um pouco mais palatável. Christian Slater devia estar precisando muito do cachê.

A pergunta que fica, porém, é: quem projetaria um traje de astronauta com uma luzinha dentro do capacete para iluminar o próprio rosto da pessoa que o veste?