“CARCAÇA” E O DESEPERO DO ISOLAMENTO.  

Por Celso Sabadin.

Um homem, uma mulher, uma casa… e um perturbador isolamento social. Pandemia? Delírio? Este é o ponto de partida de “Carcaça”, misto de drama, suspense e terror que chega nesta segunda-feira, 3 de março, em plataformas digitais.

O casal em questão é interpretado por Paulo Miklos e Carol Bresolin, ambos vivendo isoladamente numa bela, espaçosa e luxuosa residência. Ele, leitor de Sartre, mais velho e – supostamente – mais maduro que ela, guarda um segredo inconfessável em seu computador. Ela, viciada em fitness, se diverte malhando e vendo vídeos de dancinhas do Tik Tok.

Quanto mais se prolonga o tempo do isolamento forçado, mais as diferenças entre ambos vêm à tona, e mais o casal entra em rota de colisão. No caldeirão do desespero, realidade se mistura a sonhos, desejos e neuroses, numa espécie de montanha russa autodestrutiva.

Tangencialmente, abordam-se questões como abuso moral e perturbações emocionais. Tudo mergulhado num significativo preto e branco, e com roteiro, direção, produção e montagem de André Morelli, profissional forjado no teatro, e que desde 2018 redirecionou sua carreira para o cinema.

Selecionado para festivais em Roma, Atenas e Estocolmo, “Carcaça” entra nesta segunda-feira, 3 de março, na Total Play, Apple, Net Now, Youtube, Vivo, Amazon, Claro Video e Google Play.