“CHEF JACK” MISTURA MASTER CHEF COM INDIANA JONES.

Por Celso Sabadin.

Uma espécie de mistura de Indiana Jones com Master Chef. Assim pode ser definido “Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro”, filme que entra em cartaz nos cinemas nesta quinta-feira, 20/01, já com um mérito histórico: trata-se do primeiro longa metragem de animação produzido em Minas Gerais.

Já que nossa contemporaneidade transformou os antigos programas vespertinos de culinária (ai, que saudades da Ofélia..!) em reality shows com requintes de espetacularização que nem Guy Debord poderia prever, “Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro” surge como uma sátira bem humorada a este estilo de produto audiovisual direcionado para as massas (sem trocadilho).

O Jack do título (voz de Danton Mello) é o mais famoso chef de cozinha do mundo – vaidoso e midiático – que vê concretizado o maior pesadelo que todos os vaidosos e midiáticos “influencers” podem temer: ser ridicularizado pela internet. Motivo: em transmissão ao vivo, para o mundo inteiro, seu prato mais famoso foi solenemente rejeitado pelo mimado marajá do Gulodistão,

Arrasado, Jack acredita que o único caminho para tentar recuperar seu prestígio é vencer o Convergência de Sabores, um reality show que submete famosos cozinheiros às mais inimagináveis provas aventurescas como, por exemplo, cozinhar seus pratos na cratera de um vulcão ativo (não fica dando ideia…).

Seguindo os cânones clássicos e tradicionais, o roteiro de Artur Costa, Matheus B. Oliveira e Roger Keesse, a partir da criação original do próprio Artur Costa, desenvolve esta animada e bem humorada Jornada do Herói, na qual não faltarão lições de amizade e caráter (sempre presentes nos filmes infanto-juvenis) e sátiras à linguagem da mídia atual. Destaque também à bem-vinda preocupação com a diversidade, presente nos personagens.

Tudo sob a direção segura de Guilherme Fiuza Zenha, o mesmo do ótimo “O Menino no Espelho”, que conduz a aventura com ritmo, humor e agilidade. É a estreia do cineasta na direção de longas de animação.

Além do já citado Danton Mello, “Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro” conta também com as vozes de, entre outros,  Rodrigo Waschburger, Tásia D’Paula, Renan Rammé, Cecília Fernandes e Álvaro Rosa Costa, no papel de Toninho, personagem que ninguém me tira da cabeça que foi inspirado no cineasta Joel Zito Araújo.

Conheça os responsáveis pela obra:

IMMAGINI ANIMATION STUDIOS | Produtora

A Immagini Animation Studios é uma produtora de animação de Belo Horizonte, fundada em 2008. Entre suas produções mais Recentes, além de “Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro”, estão  os curtas “Mina e Elvira” e “Saru & Anta” – ambos de 2022 – a série “Sindicato do Folclore Brasileiro”, e o média “A Zeropeia”,  de 2019.

GUILHERME FIUZA ZENHA | Diretor

Guilherme Fiuza Zenha atua no setor audiovisual há mais de 25 anos. Como produtor e assistente de direção, trabalhou ao lado dos diretores Tizuka Yamasaki, Sylvio Back, Sergio Machado, Helvécio Ratton e Nelson Pereira dos Santos. Em 2014, foi o diretor e um dos roteiristas e produtores responsáveis por levar “O Menino no Espelho”, de Fernando Sabino, para telas de cinema e televisão ao redor do mundo. O filme se tornou sucesso de crítica no Brasil e exterior, sendo comercializado para 16 países da Ásia e Europa. Nos últimos anos, dirigiu as séries “Cientistas Brasileiros” e “Minha Família É”. Seu trabalho mais recente é a série em animação “Cosmo – O Cosmonauta”, na qual atua como diretor e produtor.

ARTUR COSTA | Criador e Roteirista

Artur Costa é um roteirista e designer de narrativa com mais de oito anos de experiência na indústria criativa. Atuou nos longas-metragens “Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro” e “Orquestra Vazia”, no média-metragem “A Zeropeia” e nos curtas-metragens “Diário de Areia” e “Mina e Elvira”. Na área de jogos, trabalhou dos projetos “Golbergs – Back to the 80’s”, “Krinkle Krusher” e “Skyrise Runner”. Atualmente é designer de games senior para Highstreet, um MMORPG em realidade virtual (seja lá o que isto signifique…).