CO-PRODUZIDO POR ISRAEL E FRANÇA, “SEGREDOS ÍNTIMOS” NÃO ENTUSIASMA.

A intolerância religiosa como fator provocador de profundas dores na alma humana é sempre um tema fascinante. Só não precisava ser um tema tão mal-tratado como neste “Segredos Íntimos”, co-produção franco israelense espantosamente indicada para oito prêmios da Academia de Cinema de Israel.

O roteiro se centraliza em Noemi (Ania Bukstein), uma jovem estudiosa, filha de rabino, que tem tanta sede de saber que espera se tornar ela própria uma religiosa. Após a morte da mãe, Noemi decide adiar seu casamento por um ano para se internar num seminário, onde aprimoraria ainda mais seus estudos. Lá chegando, porém, ela conhece a insubordinada colega Michel (Michal Shtamler) e a misteriosa estrangeira Anouk (Fanny Ardant, a viúva de Truffaut). Estas duas mulheres mudarão para sempre a vida da protagonista.

“Segredos Íntimos” é dirigido com mão pesada e falta de sutileza. Peca pelos exageros, por interpretações fracas (inclusive da ótima Fanny Ardant) e por um tom novelesco que acaba por desperdiçar um roteiro que poderia ter resultado num bom filme.