CONVENCIONAL, “CAÇADORES DE DRAGÕES” NÃO EMPOLGA.

Tudo começou no seriado de televisão “Chausseurs de Dragons”, produção franco-chinesa de 2004, co-escrito por Arthur Qwak. Agora, quatro anos depois, o próprio Qwak se uniu a outro animador, Guillaume Ivernel, para dirigir “Caçadores de Dragões”, uma co-produção entre França, Alemanha e Luxemburgo que parte mais ou menos da mesma idéia.

A ação se passa num reino mágico que está em processo de destruição incontrolável. O motivo seria um enorme dragão disposto a acabar com tudo. Para evitar então o fim do seu mundo, a pequena Zoe, sobrinha do rico, poderoso e sem coração Lord Arnold, sai à procura de heróis que possam ajudá-la nesta missão. Heróis à moda antiga ela não encontra, mas terá de se contentar com os atrapalhados Gwizdo e Lian-Chu para tentar conter a fúria destrutiva do dragão.

“Caçadores de Dragões” padece do mesmo mal presente em várias animações recentes: a técnica de qualidade está cada vez mais acessível e cada vez menos cara, mas os bons roteiros parecem mesmo à beira da extinção. Há ação, perseguições e um belo visual, mas quanto às idéias… elas têm aquele sabor de “já vi este filme antes”. Lembra uma espécie de sub-produto do excelente “A História Sem Fim”.

Os protagonistas carecem de um maior carisma e – repare – será que virou “lei” no cinema ter sempre um personagem que flerte com o gigantesco mercado chinês?
Em resumo, não empolga.