“CRÔNICA DE UMA RELAÇÃO PASSAGEIRA” NEM SURPREENDE, NEM DECEPCIONA.
Por Celso Sabadin.
Uma relação amorosa, para ser bem sucedida, precisa ser livre, leve, solta e descompromissada. Sem cobranças. Mas quem consegue realizar esta proeza? Esta é a premissa básica de “Crônica de uma Relação Passageira”, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta, 19/12.
Acho que nem precisa dizer que o longa vem da França, certamente o país que mais tem tradição em levar as maiores D.Rs. para as telas.
Tudo gira em torno de Charlotte (Sandrine Kiberlain) e Simon (Vincent Macaigne). Ela, independente e segura de si; ele, casado e com filhos, um poço de insegurança. Os opostos se atraem? Se sim, até quando? Ou até onde?
Diálogos incessantes a la Woody Allen emoldurados pela bela Paris (para dar aquele charme irresistível típico das boas comédias românticas) fazem de “Crônica de uma Relação Passageira” um agradável entretenimento que nem surpreende, tampouco menospreza a inteligência e o bom gosto do público. Com um “plus a mais”: quem tem Sandrine Kiberlain no elenco tem tudo.
O roteiro e a direção são de Emmanuel Mouret, uma espécie de especialista em comédias românticas com toques dramáticos, o mesmo diretor de “Romance à Francesa”, “Um Novo Dueto”, “A Arte de Amar” e “Só um Beijo por Favor”, apenas para citar alguns de seus títulos.
Exibido no Festival de Cannes de 2022, “Crônica de uma Relação Passageira” rendeu a Vincent Macaigne vários prêmios e indicações de melhor ator. Não sei vocês, mas vendo a atuação de Mcaigne eu me lembrei várias vezes do nosso Gregório Duviviver.