“DEIXA ROLAR” BRINCA COM OS CLICHÊS DA COMÉDIA ROMÂNTICA.

Por Celso Sabadin.

A história está muito longe de ser original: roteirista de cinema precisa escrever um filme romântico, mas tem bloqueio criativo porque simplesmente não consegue acreditar no amor. Até, claro, que encontra uma garota que o encanta…

Dentro da prodigiosa capacidade hollywoodiana de fazer várias vezes o mesmo filme, “Deixa Rolar” (não confundir com a comédia homônima de 1999) é mais um daqueles típicos produtos audiovisuais destinados a preencher as matinês televisivas de estudantes, convalescentes e free-lancers com pouco trabalho na Sessão da Tarde.

Há pequenos detalhes que o colocam um pouquinho (e só um pouquinho) acima da média em relação a seus congêneres, como bons diálogos, um time esperto de coadjuvantes divertidos, protagonistas carismáticos, e um punhado de piadas que brincam com os bastidores do mundo do cinema, o que geralmente agrada bastante aos cinéfilos. Mas, mesmo assim, o filme abusa do direito de explorar à exaustão os conhecidos  clichês do gênero. O que acaba até se transformando numa autocrítica, já que tudo gira em torno de um roteirista de cinema.

O par romântico (repare que os protagonistas não têm nome) é formado pelo “Capitão América” Chris Evans e por Michelle Monaghan, de “Laços de Família”. A direção é do estreante Justin Reardon, que não faz feio, considerando o roteiro que tinha em mãos.

Um bom passatempo, nada mais.