DEJA VU

O terrorismo continua sendo um tema dos mais recorrentes no cinema pós-11 de setembro. “Deja Vu”, a nova aventura do mega produtor Jerry Bruckheimer , não foge a esta regra. Ambientado na cidade de Nova Orleans, que tenta se recuperar da tragédia do furacão Katrina, o filme mostra logo em suas primeiras cenas um violento atentado terrorista que mata mais de 500 pessoas numa balsa que navega pelo Rio Mississipi. O agente Doug (Denzel Washington) vai investigar o caso e descobre um fato dos mais inusitados: entre os mortos resgatados no rio há uma mulher (a bela Paula Patton, de “Hitch – Conselheiro Amoroso”) que teria morrido aproximadamente uma hora antes do atentado. Como assim? É isso que Doug precisa descobrir. E em sua busca pelos fatos ele acaba se deparando com um novo experimento de altíssima tecnologia do governo americano que pode revolucionar o combate ao crime.
Com a direção de Tony Scott (que será sempre lembrado por “Top Gun”, para o bem e para o mal), “Deja Vu” consegue aliar um roteiro intrigante a um bom ritmo de ação. O filme começa como um tradicionalíssimo policial e vira de repente para uma aventura com fortes toques de ficção científica que chega a lembrar “Minority Report – A Nova Lei”. Sem ser futurista. Tudo isso com a sempre exagerada e pirotécnica produção comandada por Jerry Bruckheimer, o mesmo de “Piratas do Caribe”, “Bad Boys”, “Armaggedon”, “Pearl Harbor” e tantos outros sucessos explosivos.
Para apreciar melhor a trama é preciso, porém, embarcar nas fantasias que o filme propõe, deixando o senso crítico em segundo plano. É uma aventura, uma viagem fantástica que só será apreciada por quem estiver disposto a comprar as deliciosas mentiras que fazem a magia do cinema.