DIRETO AO PONTO, DOCUMENTÁRIO CLASSIFICA A IMPRENSA BRASILEIRA: “CANALHA”.

O filme está em cartaz nas plataformas NOW, iTunes, Vivo, Microsoft e Looke.

Por Celso Sabadin.

Sem meias palavras. Finalmente, um documentário explicita, sem subterfúgios atenuantes, a verdadeira função da grande imprensa brasileira no golpe de 2016: “canalha”. Colhendo depoimentos contundentes de importantes jornalistas brasileiros e estrangeiros, “A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha” – ao contrário do que seu título possa fazer crer – denuncia e escancara a total falta de profissionalismo e de caráter dos principais órgãos de imprensa do país, no momento em que foi declarada uma guerra política, movida por interesses econômicos, contra a então presidenta Dilma Roussef.

Teorias da conspiração? Fake News? Muito pelo contrário. O filme é franco, aberto e chega até a ser didático em suas claras explanações sobre a construção do fatídico golpe.

“É um jornalismo de guerra, tendo a notícia como arma”, “a imprensa brasileira hoje funciona como um partido político”, “a Globo pauta o Brasil”, “o jornalismo foi o fermento da insegurança da classe média, que se transformou em ódio” e –  claro – “canalha”, são apenas algumas poucas falas dos depoentes do documentário. Entre eles, Glenn Greenwald, Noam Chomsky, Luís Nassif, Laura Capriglione, Xico Sá, Jessé Souza, Ana Magalhães, Igor Fuser, Tales Ab’Saber e Rodrigo Vianna entre outros. Todos de calibre, de carreiras sólidas e respeitáveis.

”A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha” é tão claro e pertinente no desenvolvimento de seu raciocínio que virou material didático obrigatório nas minhas aulas de jornalismo. O filme explica com total nitidez deste o momento em que as  forças do mercado se apoderaram dos movimentos populares de 2013, a forma como os seis grandes conglomerados de mídia do país se uniram para a manutenção de seus privilégios, e como a descoberta do pré-sal deflagrou todo o processo do golpe, apoiado por uma brutal fabricação de mentiras pela imprensa. Simplesmente inquestionável.

O filme recebeu os prêmios de melhor longa-metragem e melhor  direção no Festival Internacional de Cinema de Santos; melhor documentário no Cinefest Pedra Azul  (Brasil); melhor documentário pelo júri e crítica no Festival de Caruaru e no Five Continents Film Festival (Venezuela); Prêmio de 3º melhor documentário no Festival Internacional de Documentários Santiago Álvarez (Cuba), além de participar da seleção de mais de 20 festivais nacionais e internacionais em 2020, entre eles: Festival Latino Americano di Trieste; Madrid Indie Film Festival; DocsMX (México); United Nations Film Festival (EUA); Social World Film Festival (Itália); Festival de Cinema Guarnicê (Brasil); Santos Film Fest; Festival  Internacional Cine de América (México); Cindie Festival (Brasil); Festival Internacional de Cine por los Derechos Humanos (Colômbia); Festival Internacional de Cine de los Derechos Humanos  (Bolívia); Albania Human Rights Film  Festival; AmazôniaDoc  (Brasil); Festival de Carpina (Brasil);  Festival de Derechos Humanos Tenemos que Ver (Uruguai).

”A Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha” é uma produção da Salamanca Filmes para o canal CINEBRASiLTV, com direção e roteiro do jornalista Pablo Guelli, com passagem por meios de comunicação como NHK (Japão), MediaPro (Espanha), Globo (Brasil), entre outros. Durante 10 anos Guelli foi correspondente internacional na Europa, América Latina e Ásia. Em 2011 criou a Salamanca Filmes, produtora dedicada a filmes de impacto social. Em 2012 ganhou o prêmio “Castilla y León” com o melhor documentário sobre a imigração espanhola na América Latina. Formado em Comunicação Social (PUC-SP), com mestrado em Relações Internacionais (Ortega y Gasset-Madri). Possui pós-graduação em Cinema Documentário e outra em Roteiro para Cinema e TV (Pompeu Fabra-Barcelona), além de um MBA em gestão de projetos audiovisuais pela FGV-SP.

O filme está em cartaz nas plataformas NOW, iTunes, Vivo, Microsoft e Looke.