“DISFARCE DIVINO” E “IMACULADA” MERGULHAM NO CLIMA DE CORPUS CHRISTI.

Por Celso Sabadin.

Duas estreias desta quinta-feira, 30 de maio, se aproveitam do clima do feriado religioso de Corpus Christi: o francês “Disfarce Divino” e a coprodução ítalo-estadunidense. “Imaculada”.

Em “Disfarce Divino”, Charlotte (Karin Viard), uma espécie de administradora geral de uma diocese católica francesa, recebe um telefonema comunicando a morte do padre Foucher. Ela lamenta a notícia, mas não se abala, posto que o considerado pároco já estava bastante doente há algum tempo, e sua morte não seria exatamente uma surpresa. Porém, o médico responsável pelos trâmites legais do atestado de óbito exige a imediata presença de Charlotte. Algo muito inesperado havia acontecido.

Enquanto não se revela este primeiro segredo da trama, “Disfarce Divino” é extremamente hábil em manter a atenção do público. Feita a revelação, porém (e se você não sabe qual é, não serei eu a contar), o filme cai bastante. Num segundo momento, o roteiro até tenta abrir novos pontos de interesse, mas sem muito sucesso.

O ponto de partida é o livro “Des Femmes en Noir”, de Anne-Isabelle Lacassagne, escritora mais identificada com a literatura infantil. A direção marca a estreia de Virginie Sauveur em longas para cinema, após vários trabalhos para TV. Ela também é coroteirista do filme, ao lado de Nicolas Silhol.

Como atriz, Karin já foi premiada com o César por “Haut les coeurs!”, “Beije Quem Você Quiser” e “Inocência Roubada”.

IMACULADA

00000000000000000000000000000000000000000000000000000000Cena-do-filme-Imaculada

Já “Imaculada” tenta os caminhos do suspense. Em um belo e isolado convento no interior da Itália, a jovem Cecília (Sydney Sweeney, de “Euphoria” e “The White Lotus”) vive o processo de tornar-se freira. Até o momento em que, repentinamente, ela se descobre grávida. Milagre? Manipulação? Fanatismo religioso?

O roteiro de Andrew Lobel não se afasta muito dos clichês do gênero, lançando mão dos dogmas da Igreja Católica, assustadores por si só, independentemente de estarem ou não em um filme de horror. A direção de Michael Mohan é apenas correta, mas passa a sensação que teria mais lenha para queimar, se estivesse diante de um roteiro melhor elaborado.

“Disfarce Divino” e “Imaculada” entram em cartaz nos cinemas brasileiros em 30 de maio.