DRAMA GREGO “ECOS DO PASSADO” MARCA O ÚLTIMO FILME DE MAX VON SYDOW.

Por Celso Sabadin. 

No último dia 13 de dezembro, a Grécia recordou os 78 anos do Massacre de Calávrita, tragédia acontecida durante a Segunda Guerra, quando os nazistas subjugaram a população civil do vilarejo, como retaliação às ações da resistência grega.

O caso é relatado em “Ecos do Passado”, filme que marca o último trabalho do grande ator sueco Max von Sydow, falecido em 2020. Ele interpreta o personagem fictício Nikolas Andreou, sobrevivente do massacre, que relata à advogada Caroline (Astrid Roos, o ponto fraco do filme) suas lembranças da tragédia. Caroline pesquisa o ocorrido como contratada do Ministério de Relações Internacionais da Alemanha, que deseja refutar o pedido de indenização do governo grego a respeito do caso.

Flash backs situarão o espectador na trama, que por sinal não é das mais conhecidas do grande público. Provavelmente por não envolver judeus, sempre bastante eficientes em divulgar sua história, nem norte-americanos, que se autoconsideram os únicos agentes da própria História.

Considerado como um dos filmes mais caros já realizados na Grécia, “Ecos do Passado” contou com a reconstituição cenográfica de boa parte da cidade de Calávrita, e com uma profusão de imagens geradas por computador para proporcionar maior veracidade. Dramaturgicamente, o roteiro de Dimitrios Katsantonis e a direção de Nicholas Dimitropoulos  – ambos estreantes em cinema – optam pela segurança dos caminhos tradicionais, permanecendo na zona de conforto narrativa dos filmes do gênero, mas são eficientes ao transpor os fatos da Guerra para o momento contemporâneo.

“Ecos do Passado” está disponível em www.cinemavirtual.com.br