ESTREIA “CAVALO”, PIONEIRO DO LONGA ALAGOANO.

Percussões irresistíveis e imagens vigorosas se unem a uma linguagem experimental que permeia com desenvoltura tanto o ficcional como o documental. A liga entre todos estes elementos – e outros que surgirão na narrativa – é feita pela busca da ancestralidade. Assim é “Cavalo”, estreia desta quinta, 12 de agosto, filme que se anuncia como o primeiro longa-metragem alagoano realizado através de leis de fomento público. Temos, assim, dois gritos: o estético e o político.

Com direção de Rafhael Barbosa (“O que Lembro, Tenho”) e Werner Salles Bagetti (“Exu – Além do Bem e do Mal”), “Cavalo” acompanha sete jovens artistas negres em seus processos criativos. São performances, experimentações, laboratórios internos e externos de corpos, sensações, lamas, águas, estúdios, palcos, terras, luzes, sombras, chuvas, sóis e céus. Dicotomias e afetos que lançam olhares cuidadosos para as raízes culturais e religiosas da matriz africana fundamental na cultura brasileira.

Exibido em Tiradentes, no 4º Festival Ecrã de Experimentações Audiovisuais , na Mostra Olhares Brasil do 9º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, no Los Angeles Brazilian Film Festiva, na 13ª edição do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas, e no Cindie Festival (onde recebeu o prêmio de melhor documentário brasileiro), “Cavalo” é uma experiência repleta de vigor, energia e muita brasilidade.