“FELIX E LOLA”, COM OITO ANOS DE ATRASO.

Um pequeno filme de amor produzido pela França já há oito anos, sem grandes atrativos nem temáticos nem formais. A pergunta é: por que lançar – agora – “Felix e Lola” no circuito cinematográfico brasileiro? Difícil dizer. Não que o filme seja ruim, mas não há nada nele que não possa ser visto, a qualquer momento, numa TV5 ou numa boa locadora.

O casal do título é formado por Phillipe Torreton (o Napoleão Bonaparte de “Monsieur N”) e Charlotte Gainsbourg (a bela inglesa de “Novo Mundo”). Felix trabalha num parque de diversões, e se encanta à primeira vista com a misteriosa Lola, uma mulher que se diz sempre triste (ah, o típico tédio dos franceses…). Eles iniciam um relacionamento, mas os segredos que Lola faz questão de manter sobre sua vida passada deixam Felix cada vez mais perturbado. O parque de diversões é o pano de fundo prefeito para a elaboração de metáforas que envolvem a vida que temos em contraposição à vida que gostaríamos de ter. Uma trama de verdades e mentiras que chegou a concorrer no Festival de Berlim de 2001, sem maiores resultados.

Melhores momentos do diretor Patrice Leconte podem ser conferidos em, por exemplo, “A Viúva de Saint Pierre” ou “A Mulher e o Atirador de Facas”.