FRANCO-TURCO “RESGATE DE ALTO RISCO” UNE SUSPENSE E POLÍTICA.

Por Celso Sabadin.

Faustine (Jisca Kalvanda), a esposa tunisiana do francês Sylvain (Swann Arlaud), sentindo-se inútil na França, vai com Noah, o filho de cinco anos (Ethan Palisson), passar uma temporada de duas semanas na Turquia. Pelo menos é isso que ela diz ao marido. Na verdade, incentivada por parentes, Faustine se engaja nos conflitos da guerra da Síria, para o desespero de Sylvain. Resgatá-la será uma tarefa das mais tensas e exasperantes.

A partir de um episódio real acontecido em 2015, os roteiristas Benjamin Dupas e Emmanuel Hamon – este também diretor do longa – desenvolvem um envolvente thriller político que explora os horrores da situação síria como pano de fundo. Estreando em longas ficcionais, o diretor Hamon realiza um trabalho eficiente e competente, tanto na manutenção do ritmo de suspense que o tema exige, como na construção dos ótimos personagens.
Coproduzido por França e Turquia, “Resgate em Alto Risco”, infelizmente carrega também, em alguns momentos, o traço racista anti-Islã que tem sido marca registrada de muitas produções francesas contemporâneas, como se todos os árabes fossem fanáticos e todos os europeus fossem heroicos salvadores.

O filme já está disponível na plataforma www.cinemavirtual.com.br