“GUERRA MUNDIAL Z” E O FIM DOS ZUMBIS BABÕES.

Sabe aqueles zumbis que andam com os braços pendentes para a frente, devagar, cambaleando, babando, e que são derrubados por qualquer empurrão? Esqueça! “Guerra Mundial Z” traz os zumbis mais espertos, rápidos, ágeis e difíceis de (re)matar que o cinema já viu.

No filme, não se explica exatamente porque as pessoas estão se transformando em zumbis. Assim como muitos médicos falam quando não sabem do que se trata, aqui também temos uma “virose”. Mas não importa. Todo o roteiro é calcado na luta contra o tempo que o funcionário da ONU Gerry Lane (Brad Pitt) tem que empreender para salvar o mundo. É um filme de uma nota só, que não tem muito a mostrar a não ser o corre-corre desesperado estilo gato e rato. É até difícil crer que foram necessários 4 roteiristas para desenvolver a trama, a partir do livro de Max Brooks (um dos roteiristas do programa “Saturday Night Live”).

Sim, há momentos impressionantes, como a união de árabes e judeus contra milhares de zumbis que tentam escalar o tal muro que o Ariel Sharon mandou construir lá na Cisjordânia. Os efeitos são de primeira linha, e o pique de correria e ansiedade são mantidos num ótimo nível de adrenalina pelo diretor alemão Marc Forster (de “O Caçador de Pipas”). Porém, um pouquinho mais de conteúdo seria bem-vindo. Ao final da projeção, fica-se com a sensação de termos participado de um imenso game para computadores.