IMAGENS VIGOROSAS E ANCESTRALIDADE SE DESTACAM EM “CAVALO”, NO FESTIVAL DE CURITIBA.

Por Celso Sabadin.

Percussões irresistíveis e imagens vigorosas se unem a uma linguagem experimental que permeia com desenvoltura tanto o ficcional como o documental. A liga entre todos estes elementos – e outros que surgirão na narrativa – é feita pela busca da ancestralidade. Assim é “Cavalo”, que chega ao Festival de Curitiba anunciado como o primeiro longa-metragem alagoano realizado através de leis de fomento público. Temos, assim, dois gritos: o estético e o político.

Com direção de Rafhael Barbosa (“O que Lembro,Tenho”) e Werner Salles Bagetti (“Exu – Além do Bem e do Mal”), “Cavalo” acompanha sete jovens artistas negres em seus processos criativos. São performances, experimentações, laboratórios internos e externos de corpos, sensações, lamas, águas, estúdios, palcos, terras, luzes, sombras, chuvas, sóis e céus. Dicotomias e afetos que lançam olhares cuidadosos para as raízes culturais e religiosas da matriz africana fundamental na cultura brasileira.

Exibido em Tiradentes, no 4º Festival Ecrã de Experimentações Audiovisuais e no Cindie Festival (onde recebeu o prêmio de melhor documentário brasileiro), “Cavalo” integra a programação na Mostra Olhares Brasil do 9º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, onde terá sua próxima exibição no próximo dia 13/10. Ingressos a R$ 5,00 em https://olhardecinema.com.br/film/cavalo/

De Curitiba, o filme segue posteriormente para a competição de documentários do Los Angeles Brazilian Film Festival (21 a 25 de outubro) e do 13ª edição do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas (21 a 30 de outubro).