INCONSISTENTE, “UMA DAMA DE ÓCULOS ESCUROS COM UMA ARMA NO CARRO” NÃO CONVENCE.

Por Celso Sabadin.
A bela e jovem secretária Dany (a escocesa Freya Mavor) se vê numa situação tentadora: ao invés de devolver o charmoso carro esporte de seu patrão, ela poderia “tomá-lo emprestado” durante o final de semana para finalmente realizar seu sonho de ver o mar. Movida pelo sabor da aventura, temperado com um gostinho de culpa, a garota – claro – vai se envolver numa trama de suspense, mistério, alguma violência, sensualidade…  e um assassinato.

“Uma Dama de Óculos Escuros com uma Arma no Carro” busca inspiração naquele estilo “violento-irônico-chique” muito presente nos filmes de Guy Ritchie. Mas o diretor Joann Sfar – o mesmo de “O Gato do Rabino” – não é Guy Ritchie, e não vai fundo em nenhum dos caminhos que a trama poderia propor.  Mesmo com referências a Marion Crane (a personagem Hitchockeana de “Psicose”que também sai pela estrada dirigindo sozinha para exorcizar sua culpa), o filme permanece numa superficialidade morna que acaba desaguando em explicações finais que soam inverossímeis.

Baseado no livro de Sébastien Japrisol (também autor do livro que originou “Verão Assassino”), “Uma Dama de Óculos Escuros com uma Arma no Carro” é uma coprodução franco-belga que estreia nesta quinta, 10 de maio.