JIM CARREY PROTAGONIZA SUSPENSE MORNO EM “O NÚMERO 23″

Assim como já havia feito no bem sucedido “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, Jim Carrey deixa a comédia um pouco de lado para embarcar no suspense “O Número 23”, novo filme do festejado (e muitas vezes super valorizado) diretor Joel Schumacher (“Batman & Robin”, “O Fantasma da Ópera”).
A trama fala de Walter (Jim Carrey), funcionário público de uma espécie de vigilância sanitária encarregada de prender cachorros soltos pelas ruas (a famosa “carrocinha”). Ele tem uma vida razoavelmente feliz ao lado da esposa Agatha (Virginia Madsen, de “A Última Noite”) e do filho Robin (Logan Lerman, um dos filhos de Mel Gibson em “O Patriota”).
Tudo vai bem até o dia em que Walter ganha da esposa um estranho livro chamado “23”. Quanto mais ele se aprofunda na leitura, mais obcecado se torna. O rapaz começa a acreditar que o livro conta uma espécie de história paralela sobre a sua própria vida – e mais – que todos os fatos que regem a sua existência estão direta ou indiretamente ligados ao número 23. Aos poucos, a obsessão de Walter se torna insuportável, e passa a colocar em risco não apenas a estrutura de sua família como a sua própria sanidade mental.
Para os fãs de suspense e mistério, o filme tem uma espécie de sabor requentado, como que uma sopa feita de sobras de várias outras produções que anteriormente já abordaram o mesmo tema. Bebe um pouco da fonte do antigo seriado “Além da Imaginação”, lembra a obsessão do personagem de Richard Dreyfuss em “Contatos Imediatos” e termina no estilo de ”Coração Satânico”, com Robert De Niro. Tudo isso sem conseguir desenvolver uma trama que realmente empolgue. O roteiro do estreante Fernley Phillips não é exatamente muito criativo, e direção de Schumacher é apenas morna.