JIM CARREY SÉRIO MARCA “CRIMES OBSCUROS”.

 Por Celso Sabadin.

Jim Carrey no papel de um investigador perturbado, bem distante de seu famoso registro cômico que todos conhecemos, certamente é o maior atrativo de “Crimes Obscuros”, coprodução entre Inglaterra, Polônia e EUA que chega aos cinemas brasileiros com um certo atraso (o filme é de 2016).

Rodado na Polônia, o filme é baseado no artigo “True Crime: A Postmodern Murder Mystery”, publicado no The New Yorker por David Grann, que também assina o roteiro do longa. Um roteiro, diga-se, que não consegue se afastar da trilha de clichês típica do gênero, mas a boa direção de Alexandros Avranas (Miss Violence) faz o que pode para tentar imprimir um pouco de originalidade ao longa. Às vezes com sucesso, outras vezes nem tanto.

Carrey interpreta o policial Tadek, que encontra num caso de assassinato não resolvido traços em comum com um crime ficcional relatado no livro do escritor Krystov Kozlow (Marton Csokas). A vida estaria imitando a arte? Para Tadek, sim, mas sua premissa não é das mais fáceis de serem provadas. E Kozlow se mostrará um suspeito dos mais difíceis de serem enquadrados. Além de Carrey, também chama a atenção no elenco a presença da sempre ótima (e misteriosa) Charlotte Gainsbourg, de “Ninfomaníaca”.

“Crimes Obscuros” marca a estreia da Cinecolor, do grupo chileno Chilefilms, no mercado de distribuição de filmes nos cinemas brasileiros. A empresa é conhecida no Brasil desde 1998 pela prestação de serviços laboratoriais de pós-produção, e busca agora a ampliação de seu mercado através da distribuição. Que ela traga bons filmes!