“JUMANJI: PRÓXIMA FASE” CUMPRE O QUE PROMETE.

Por Celso Sabadin.

Já faz bastante tempo (desde os anos 1980, mais ou menos) que o cinemão comercial norte-americano de ação se inspira no ritmo e na linguagem dos videogames para realizar suas produções. Em busca de um público cada vez maior, os produtores abandonam a narrativa propriamente dita para realizar verdadeiros “games na tela grande”. Com a diferença que não há interatividade: o público só assiste. O que vale mesmo é a velocidade ensandecida e a qualidade dos efeitos especiais para fazer a plateia embarcar numa viagem muito mais física que propriamente cinematográfica. Há quem defenda tal proposta, em nome do sucesso financeiro, e há quem a execre, em nome do cinema.

A grande vantagem de “Jumanji: Próxima Fase” é que o filme não tenta enganar ninguém: é videogame na telona mesmo, assumidamente desde a origem do projeto até o título. Quem comprar a ideia e embarcar na viagem vai se divertir. Quem não curte a proposta não deve nem entrar no shopping (sim, é filme que só passa em shopping).

O filme volta a reunir os quatro adolescentes que sobreviveram aos desafios do longa anterior, “Jumanji: Bem-vindo à Selva”. Deprimido com o fim do seu namoro, Spencer (Alex Wolff) sai em busca de aventuras na plataforma bugada do jogo criado originalmente no filme de 1995. Obviamente que Martha (Morgan Turner), Fridge (Ser´Darius Blain) e Bethany (Madison Isaman) correm atrás para salvá-lo. Também estão de volta os  avatares de Dwayne Johnson como o dr. Smolder Bravestone, Jack Black como dr. Shelly Oberon, Kevin Hart como Mouse Finbar, Karen Gillan como Ruby Roundhouse e Nick Jonas como Seaplane, além dos novos jogadores: os veteranos Danny Glover como Milo, Danny DeVito como vovô Eddie, e a divertida Awkwafina como um novo avatar, Ming.

Como mandam os novos tempos, a sequência precisa ser mais espetacular que o filme anterior, e neste sentido os roteiristas criaram um Jumanji de várias fases, abandonando a “simples” selva anterior e multiplicando a aventura por desertos, geleiras, montanhas e por aí afora. Com destaque para a ótima cena das pontes flutuantes.

 

Com ritmo, humor, e efeitos de primeira linha, o resultado é competente, e não decepciona quem busca apenas uma boa diversão de férias para curtir com a família.