“MARGINAL” DOCUMENTA O AMOR E O ÓDIO DO CAOS URBANO.
Por Celso Sabadin.
Talvez quem não esteja habituado à cidade de São Paulo não tenha a dimensão exata da importância e da atuação que as vias Marginais – Tietê e Pinheiros – representam para a capital. Talvez quem esteja habituado também não tenha. Neste sentido, o documentário “Marginal”, dirigido por Alex Miranda e Pedro Caldas, tem o mérito de jogar alguma luz sobre o assunto, enfocando personagens que moram e/ou trabalham à margem das marginais, levantando histórias antigas da época em que os rios eram navegáveis, mapeando cinematograficamente a região.
Produzido em parceria com o canal Globo News, “Marginal” abusa um pouco do direito de ser televisivo, chegando até a fazer uma desnecessária “escalada” telejornalística (chamada de fragmentos de depoimentos que serão mostrados a seguir) que certamente causarão estranhamento em quem vir o documentário no cinema.
Da mesma forma que soa cansativa a canção de abertura – “Não Existe Amor em S.P.” – que se repete insistentemente durante todos os primeiros 11 minutos da projeção.
De qualquer maneira, vale o registro do amor e do ódio que esta loucura urbana tipicamente paulistana inspira nos diversos segmentos da população. O filme estreia nesta quinta, 22, e deve funcionar melhor na tela da TV.