“MASHA”, A ARTE CONTRA A BARBÁRIE.

Por Celso Sabadin.

Seria verdade que nós somos produtos do meio em que nascemos e crescemos? Ou evoluímos deste determinismo? Sem entrar em considerações filosóficas, “Masha” aborda esta questão, ainda que travestido de um drama policial.

Em cartaz no do 2º Festival do Cinema Russo, o longa conta a trajetória da adolescente que dá nome ao filme (Polina Gukhman), uma garota apaixonada por música que cresce feliz e despreocupada com sua mãe e seu tio. A menina, porém, não tem a menor ideia que sua família comanda um violentíssimo braço da máfia russa, responsável por extorsões e terríveis assassinatos.

À medida em que Masha cresce e toma lentamente contato com a realidade, ela será obrigada a buscar novos rumos na vida. Sua transição da adolescência para o mundo adulto não poderia ser mais traumática.

Com roteiro e direção da estreante Anastasiya Palchikova, o longa mistura drama e ação policial com eficiência, ao transpor para o olhar feminino as ações destrutivas da ganância criminosa, quase sempre associadas ao comportamento masculino. Mais uma vez, a saída para a barbárie está na arte. No caso, na música

Escolhido como o melhor filme de estreante no Sochi Open Russian Film Festival, “Masha” faz parte da programação do 2º Festival do Cinema Russo, até o próximo dia 10. O acesso é gratuito pela Supo Mungam Plus, em parceria com a Spcine Play, pelo link www.spcineplay.com.br