MEL GIBSON ATACA DE OLD MAX EM “HERANÇA DE SANGUE”.

Por Celso Sabadin.

Relegado a segundo plano pela indústria hollywoodiana após algumas escolhas duvidosas, e principalmente por ter se indisposto contra a comunidade judaica no filme “A Paixão de Cristo”, Mel Gibson consegue agora na França uma nova oportunidade de protagonismo. Desde “Plano de Fuga”, há quatro anos, Gibson não vivia um personagem principal. Na produção francesa (falada em inglês e pensada para exportação) “Herança de Sangue” ele interpreta Link, um ex-presidiário em liberdade condicional disposto a viver a vida longe de confusões. Até o dia em que sua filha Lydia (Erin Moriarty) lhe procura, encrencada até o pescoço com a criminalidade. O paizão vai ter de voltar à ativa.

Baseado no livro do norte-americano Peter Craig (um dos roteiristas de “Jogos Vorazes”), e dirigido pelo parisiense Jean-Françoise Richet (o mesmo da refilmagem de “13ª Delegacia”), “Herança de Sangue” situa-se no confortável e seguro patamar do “mais do mesmo”, cumprindo apenas sua função de mero entretenimento comercial para um dia de chuva. Destaque apenas para uma cena de perseguição na estrada onde o diretor homenageia o antigo “Mad Max” (também estrelado por Gibson) e pela habilidade do roteiro em conseguir encaixar alguns momentos de bom humor dentro de uma temática tão violenta. Mero passatempo.

A estreia é nesta quinta, 8 de setembro.