MENOS JUVENIL E MAIS EXPLÍCITO, “LIVRAI-NOS DO MAL” RETOMA O TEMA DO EXORCISMO.

Para o público que gosta de terror, mas anda cansado da onda de “juvenilização” que o gênero anda sofrendo, uma boa dica é “Livra-nos do Mal”, de Scott Derrickson, diretor que tem em seu currículo pelo menos dois bons filme do estilo: “A Entidade” e “O Exorcismo de Emily Rose”.

Alegadamente baseada numa história real (acredite quem quiser), a trama é centrada no cético policial Ralph Sarchie (vivido por Eric Bana, o primeiro “Hulk”), que investiga o terrível caso de uma mulher que atirou seu próprio filho num fosso que separa o público da jaula do tigre, num zoológico americano (trata-se, inclusive, da cena mais assustadora do filme). Balbuciando letras das músicas do grupo “The Doors”, a mulher parece drogada, louca, ou até mesmo possuída. Quanto mais se aprofunda na investigação, mas o policial se vê obrigado a dar o braço a torcer e preferir a terceira opção.

Com roteiro baseado no livro escrito pelo próprio Ralph Sarchie, “Livrai-nos do Mal” não traz grandes novidades que fujam das tradicionais formulações já bastante conhecidas pelos fãs do gênero terror/exorcismo, mas a direção segura de Derrickson sabe como prender a atenção do público, e consegue manter o forte clima de tensão durante toda a projeção. Também não se furta a explicitar as cenas mais fortes e violentas, quando necessário, conseguindo assim fugir de uma certa pasteurização politicamente correta que contamina o cinema comercial.

Vale uma boa olhada.