“MIB – HOMENS DE PRETO 3″ NÃO DÁ SINAIS DE CANSAÇO.

Sim, já faz 10 anos que saiu o segundo filme. E 15 do primeiro! E mesmo assim a franquia ”Homens de Preto” continua tão viva e forte nos corações e nas mentes do grande público que ninguém duvida que este terceiro episódio, mesmo tão distante dos dois primeiros, também seja um sucesso. Qualidades para isso ele tem: ritmo, roteiro, direção, efeitos, humor, e as insubstituíveis presenças dos altamente carismáticos Will Smith e Tommy Lee Jones.

Antes de mais nada, é bom esclarecer: o roteirista Etan Cohen é o mesmo que participou dos roteiros do delicioso “ Trovão Tropical” e de “Madagascar 2”, e não deve ser confundido com o Ethan Coen dos famosos irmão Coen. É tudo uma questão de colocar as letras “h” nos lugares certos. De qualquer maneira, o roteiro deste “MIB3” propõe uma vibrante viagem no tempo, mais precisamente de volta a 1969, onde uma questão vital para a humanidade terá de ser resolvida antes do homem chegar à Lua. É nos coloridos anos 60 que o agente J (Smith) vai encontrar um então jovem agente K (vivido por Josh Brolin, interpretando convincentemente Tommy Lee Jones quando jovem) para que ambos enfrentem um poderoso alienígena.

Barry Sonnenfeld, diretor dos dois primeiros capítulos, não perdeu a mão neste terceiro. Se vistos numa só tacada, sequer seria percebida a distância temporal que os separa. O humor continua afiadíssimo e inteligente, sem se importar se as referências – nem todas fáceis – serão ou não compreendidas pelo público em geral. Como sempre, há coisas divertidas acontecendo no segundo ou terceiro plano (brincadeiras que praticamente desaparecem na tela pequena). Pelo menos uma cena – Will Smith retrocedendo no tempo ao mesmo tempo em que despenca de um edifício – já pode ser considerada antológica, e de quebra um novo e fascinante personagem é apresentado: Griffin (Michael Stuhlbarg ) um alienígena com o poder não apenas de prever o futuro, mas de antecipar as varas possibilidades de um mesmo evento futuro, o que dá margem a belos momentos mágicos e, por que não dizer, até filosóficos. O final emotivo também é uma surpresa.

Tudo isso mais as presenças dos super feras Rick Baker (maquiagens especiais), Bo Welch (desenho de produção) e Steven Spielberg (produção) fazem de “MIB3” um programão que diverte sem subestimar a inteligência do público. Um show de humor e ficção científica.