MICHAEL BAY LEVA O SEU CINEMA-OSTENTAÇÃO AO MÁXIMO NO NOVO “TRANSFORMERS”,

Há um momento em “Transformers: A Era da Extinção” onde tem-se a impressão que a plateia toda entrou num portal de tempo e que o filme jamais acabará. Que ficaremos eternamente presos numa dimensão onde ele será exibido para sempre, numa destruição infinita, em looping. Há um outro momento em que a impressão é que sim, o filme um dia vai acabar, mas nossos ouvidos nunca mais serão os mesmos.

Em “Transformers: A Era da Extinção” o diretor Michael Bay eleva à máxima potência o seu cinema-ostentação, onde o efeito especial e o ritmo alucinante falam mais alto (no caso, literalmente) que qualquer outro elemento da obra cinematográfica. Roteiro incluído.
Nada disso significa, porém, que o filme seja ruim. Pelo contrário, ele é um belo exemplar de entretenimento e diversão, numa experiência que está mais para Hopi Hari que para “Cidadão Kane”, feita sob medida para quem vai ao cinema mais pela pipoca que pelo filme. Há humor, cenários luxuosos de encher os olhos, belas locações na China (país que também coproduz o filme), carros de tirar o fôlego (com direito a cenas explícitas de merchandising), efeitos visuais de grande impacto e realização impecável.

Ah, sim, e até um fio condutor de história: Care (Mark Whalberg) um inventor frustrado, e sua filha adolescente Tessa (Nicola Peltz) descobrem por acaso um velho caminhão que logo se revela ser o temido Optimus Prime, Transformer que está sendo caçado por setores corruptos da CIA (sempre ela). Tudo para dar início a mais um capítulo da luta entre os gigantescos robôs Autobots e Decepticons pelo controle da Terra. Na segunda metade do filme, a presença de Stanley Tucci no papel de um mega empresário inescrupuloso (com o perdão da redundância) dá mais sabor à trama.

Em relação ao começo deste texto, vale informar que o filme, sim, termina. Demora duas horas e 45 minutos, mas termina. Já sobre os meus ouvidos, ainda é cedo para saber…