“MILAGRES DO AMOR”, COM INGENUIDADE E AFETO.

Por Celso Sabadin.

Após os bons resultados comerciais de “Mucize” (filme de 2015 disponível no Brasil na Netflix), o ator, cantor, compositor roteirista e diretor turco Mahsun Kirmizigül realizou esta continuação “Mucize 2: Ask”, que sai agora no Brasil pela plataforma Cinema Virtual com o título “Milagres do Amor”.

Não é necessário ter visto o primeiro filme para acompanhar o segundo. Ambientado nos anos 1960, o roteiro mostra as dificuldades do casal Mizgin e Aziz, ela, forçada a entrar num casamento arranjado, e ele, portador de uma séria deficiência física. Após um período de desespero inicial, Mizgin assume a luta de mudar totalmente de vida para começar a ajudar o marido. Para isso, ela precisará de muita força de vontade e, principalmente, de novos amigos.

Produzido pela Turquia, “Milagres de Amor” não esconde ser assumidamente um filme de autoajuda. Praticamente um filme-coaching. Destila uma forte dose de ingenuidade narrativa e em todos os seus aspectos carrega nas cores. Inclusive no aspecto literal da direção de arte. Jamais busca a sutileza e nem se abala diante do quesito previsibilidade. Para sonorizar uma cena acontecida num pequeno cinema do interior, por exemplo, não se acanha em criar variações sobre a trilha sonora de “Cinema Paradiso”.

Por incrível que pareça, tudo isso dá a “Milagres de Amor” um despojado ar naïf afetuoso que pode até agradar ao espectador que se disponha a embarcar nesta viagem de linguagem telenovelística que trafega na contramão do que se convencionou apreciar como cinema de qualidade.

Não chega a ser bollywoodiano, mas passa perto.

Quem se dispuser a experimentar esta ousadia turca deve acessar www.cinemavirtual.com.br, escolher o filme, selecionar estado, cidade e rede exibidora de preferência ou clicar diretamente sobre o exibidor preferido. Cada sessão custa R$ 24,90 e vale por 72 horas. Os filmes podem ser assistidos em até três plataformas diferentes, entre celular, TV, computador, tablet.