“MISSÃO RESGATE”: CONVENCIONAL, MAS COMPETENTE.

Por Celso Sabadin.

Uma das coisas que eu mais curto no cinema é a possibilidade de “visitar” lugares que muito provavelmente eu jamais conseguiria ver pessoalmente. No caso de “Missão Resgate”, as enormes estradas de gelo que ligam o norte do Canadá ao Círculo Polar Ártico, onde se encontra uma gigantesca mina de diamantes. Esta é a locação da aventura “Missão Resgate” que, não por acaso, no original se chama “The Ice Road”, estrada de gelo.

Nada mais justo: mais que o roteiro, mais que o elenco, a estrada é de fato o grande personagem do filme. Tudo começa quando uma explosão acidental isola um grupo de trabalhadores na tal mina de diamantes. Com poucas horas de oxigênio disponível, este grupo agora depende da chegada de um complexo equipamento para salvar suas vidas. O problema é que o equipamento é pesadíssimo e terá de ser transportado por caminhões através da tal estrada de gelo.

O roteiro e a direção são de Jonathan Hensleigh, mais conhecido como roteirista que como diretor. São dele os roteiros de “Duro de Matar 3”, a versão original de “Jumanji” e de “Armagedon”, entre outros.

Em “Missão Resgate” (o título em português não ajuda, né?), Hensleigh desenvolve um trabalho convencional, porém competente. Dentro do que se espera de um entretenimento básico calcado na aventura, o filme cumpre com qualidades o que se espera dele, desde que seu nível de exigência não seja dos mais elaborados.

Coproduzido por EUA e Canadá, “Missão Resgate” aposta em dois nomes bem midiáticos para atrair seu público: Liam Neeson e Laurence Fishburne. Se não der certo, só as cenas de merchandising explícito do fabricante dos caminhões deve ter pago quase toda a produção.

A estreia é nesta quinta, 09/12.