“MORTE E VIDA MADALENA” FECHA O 35º CINECEARÁ COM HUMOR.
Por Celso Sabadin, de Fortaleza.
O Ceará é conhecido nacionalmente pela “produção” de vários talentos do humor brasileiro, como Chico Anísio, Renato Aragão, Tom Cavalcante, Tiririca, etc. Nada mais coerente que encerrar o 35º Cine Ceará com uma comédia local. E assim foi: na noite desta sexta, 26/09, o longa “Morte e Vida Madalena” fechou o evento, exibido fora de concurso.
O longa é, digamos assim, uma espécie de “A Noite Americana” cearense. Mas com registro cômico. A morte de um famoso cineasta que deixou como legado um roteiro a ser filmado apressa os planos da filha dele, a Madalena do título (Noá Bonoba), que decide realizar o longa escrito pelo pai.
Porém, como ela está grávida, é preciso que o filme seja feito rapidamente, antes da criança nascer. Tal pressa se une a todos os demais (e muitos) problemas históricos e estruturais do cinema brasileiro, como a falta de verba, principalmente. A partir daí a comédia de erros se desenvolve numa espiral crescente, onde tudo o que pode dar errado, dará.
Trata-se de “uma carta de amor ao cinema”, como afirmou o premiado roteirista e diretor do longa, Guto Parente, ao apresentar seu filme na noite de ontem, no Cine Ceará.
O desfile dos mais variados tipos burlescos que emulam com ironia e comicidade as variadas funções do cinema parecem divertir mais quem fez o filme do que propriamente quem o assiste.
“Morte e Vida Madalena” foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Marselha, e deve estrear em breve nos cinemas brasileiros.