NOVO “HALLOWEEN” NÃO PASSA DE UM VIOLENTO CAÇA-NÍQUEIS.

Na falta de novas idéias, uma solução do cinema comercial tem sido “olhar para trás”. Não somente refilmando antigas produções, mas também imaginando como teria sido a gênese de famosos personagens da tela grande. Recentemente, isso já foi feito em Batman Begins, 007, Star Trek, Wolverine, O Exterminador do Futuro, só para citar alguns exemplos.

Agora, chegou a vez de Halloween. Por que Mike Myers teria se transformado no serial killer psicopata que apavorou milhões de adolescentes em oito longas metragens, entre 1978 e 2002? Esta é a premissa básica deste Halloween – O Início, dirigido por Rob Zombie, líder da banda White Zombie. Premissa que, diga-se, não foi cumprida.

Utilizando como pretexto contar a infância de Mike Myers, Zombie fez apenas um filme-carnificina, de roteiro pífio, verdadeiro caça-níqueis que busca aproveitar a fama do personagem criado em 1978 por John Carpenter. Carpenter, este sim, um cineasta hábil para os assuntos de terror. Contrariamente ao seu mestre, Zombie nada mais fez que apenas mais um filme de violentas e desconexas mortes bizarras. Sem estilo, sem nenhum tipo de inventividade e – pior – sem o humor sarcástico que seu antecessor sabia realizar muito bem.

Aos 10 anos, Mike Myers é um garoto problemático vindo de uma família disfuncional. Mãe stripper e padrasto agressivo. E pronto. É o que basta para ele se transformar no assassino mascarado que conhecemos. Pouco papo, muito sangue e pau na máquina: o que importa é faturar. E faturou. O filme, que estreou nos EUA em 2007, chegou perto dos US$ 60 milhões nas bilheterias norte-americanas, arrecadando praticamente o triplo de seu custo. Tanto que já está prevista para estrear, aqui no Brasil, a continuação deste Halloween – O Início. Quando? No Halloween, é claro….