“O BOM DINOSSAURO” NÃO SABE QUE HISTÓRIA CONTAR.

Por Celso Sabadin.

Pelo menos oficialmente, nada menos que cinco pessoas desenvolveram a história de “O Bom Dinossauro” para o roteiro final de Meg Le Fauve e a direção do estreante Peter Sohn. Parece que foram mais: o filme é uma colcha de retalhos mal alinhavada de tudo o que já foi visto antes em termos de desenhos animados, misturando desde “O Patinho Feio” até “Como Treinar Seu Dragão”, passado descaradamente pelo “O Rei Leão”, e adicionando pitadas de livros de autoajuda.

Problemas operacionais como troca de diretor do meio do projeto, demissões de vários membros da equipe, atrasos na produção e vários outros refletiram bastante na qualidade final do filme, não no seu aspecto visual (impecável como tudo o que a Pixar faz), mas fundamentalmente em seu hesitante roteiro, que parece nunca saber muito bem que história contar.

Mas tudo bem: “O Bom Dinossauro” é o 16º longa de animação produzido pela Pixar. Depois de tantos acertos (principalmente depois do ótimo “Divertida Mente”), eles tinham o direito de errar.